terça-feira, 10 de novembro de 2009

CASA DA ARQUITETA

Minha casa é tudo o que idealizo,  com muitas árvores altas, com flores e frutos, nada de arbustos decorativos.
Um grande terreno de esquina, para ter mais vista e menos muros, que aliás são cobertos de hera, para dar sensação de jardim infinito.
Animais na medida, um cachorro solto no pátio, pássaros cantando o ano todo, alguns sapos...
Isto é o lado de fora.
Dentro nós , nossos livros, móveis que são nossos desde o casamento, outros que foram de nossos avós ou de nossos pais, fotos do bisavô, fotos nossas, lembranças de viagens, lareira, churrasqueira, adega,  sotão , porão e a modernidade do ar condicionado e do home theater.
Os quartos dos filhos intactos esperando os feriados.
Uma biblioteca virada para a cidade.
Muito vidro, nenhuma cortina, luz natural até em dia de chuva, meu maior orgulho.
Cada canto tem uma vista , de dia se vê até Forquilhinha e à noite, Criciúma e Içara são um painel de pontos luminosos.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Como eu projeto, em que coisas me inspiro...

Acredito na luz natural e na luminosidade dos espaços, acredito em criar paisagens, mesmo onde elas ainda não existam, angulos visuais são tão importantes que podem fazer alguém “viajar” como se ali existem montanhas, mar, lagoas e um céu infinito.
Uma planta atrás de um pano de vidro , com um fundo de madeira ,por exemplo é uma paisagem que cabe em qualquer apartamento e substitui um grande jardim na nossa mente.
Da mesma forma uma pequena fonte d'água num vaso de cerâmica substitui um riacho e paredes revestidas de pedras são rochedos .
Acredito, então em luz e sobreposição de planos para construir cenários.
E a cada obra me alegro quando descubro que criei mesmo estas perspectivas.
Projeto pensando nas pessoas e seus percursos, como elas vão circular em suas rotinas , quando vão abrir ou fechar os espaços, o que tem para guardar ou para mostrar.
Conversar com as pessoas para as quais estou projetando é fundamental e observá-las também, para identificar gostos e necessidades às vezes esquecidas.
Trago referencias de viagens e evito o quanto posso modismos.